quinta-feira, 29 de outubro de 2009

29 de Outubro: Dia Nacional do Livro

No dia 29 de outubro de 1810, com a transferência da Real Biblioteca portuguesa para o Rio de Janeiro, originou-se a Biblioteca Nacional.

O fato está ligado à vinda da família real ao Brasil, e é para celebrar essa data que foi instituído o Dia Nacional do Livro. É verdade que existe também um Dia Internacional do Livro, comemorado a 23 de abril, porém, considerando-se a importância desse objeto – o livro –, todas as homenagens são justificadas.



Desde o Antigo Egito, o livro foi o meio ou o veículo principal de transmissão do conhecimento. Mas nem sempre o livro teve o formato que o caracteriza nos dias de hoje, sendo feito de folhas de papel coladas ou costuradas, que contêm um texto escrito e que são encadernadas no interior de uma capa.

Os livros da Antiguidade eram rolos ou cilindros feitos de papiro, uma planta da família das ciperáceas, à qual também pertence, por exemplo, o capim-cidreira. O papiro em que se escrevia era somente uma parte da planta de mesmo nome. Para isso, a planta era liberada ou livrada de suas outras partes, e é da ideia de livrar ou liberar que se origina a palavra livro, a partir do latim libri.

Com o passar do tempo, o papiro foi substituído pelo pergaminho, feito da pele de animal, geralmente de carneiros, preparada para servir de suporte para a escrita. O pergaminho tem sua origem na cidade grega de Pérgamo, na Ásia menor (atual Turquia). Sendo mais resistente que o papiro, o pergaminho podia ser costurado, fato que possibilitou deixar de lado os cilindros e que fez surgir o códex ou códice, um objeto de formato semelhante ao do livro atual.

O papel – originário da China – chegou ao Ocidente na Idade Média e, desde então, substituiu pouco a pouco o pergaminho na confecção de livros. Convém lembrar que, até então, o texto dos livros era escrito à mão. Somente em meados do século XV, o empresário Johannes Gutenberg “inventou” a impressora de tipos móveis, o que agilizou a produção de livros, popularizando-os e abrindo caminho para que a edição se transformasse num processo industrial.




No Brasil, a impressão de textos também remonta à vinda da família real. O príncipe regente, D. João, fundou aqui a Impressão Régia, em 13 de maio de 1808. Ainda assim, durante mais de um século, grande parte dos livros que circulavam em território brasileiro ainda eram impressos na Europa. O surgimento de uma indústria editorial no Brasil data somente das décadas de 1930 e 1940.



Em outubro de 2008, um dos temas de discussão da Feira do Livro de Frankfurt – o maior evento internacional no âmbito da edição de livros – foi o livro eletrônico ou e-book, que gera uma ampla divergência de opiniões se ele irá ou não substituir o livro de papel num futuro próximo. Trata-se de diversos tipos de aparelhos computadorizados nos quais se vão baixar conteúdos escritos e imagens em formato digital.

Uma pesquisa realizada na Feira de Frankfurt revelou que em 2018 os livros eletrônicos já deverão ser mais vendidos do que os tradicionais livros de papel. Vale lembrar, porém, que o conteúdo de muitos livros já se encontra disponível na Internet.


Os livros são um conjunto de folhas impressas, onde o escritor coloca suas ideias, a fim de deixá-las registradas ou para que outras pessoas possam tomar conhecimento das mesmas. Eles podem variar no gênero dos textos apresentados, sendo documentário, romance, suspense, ficção, autoajuda, bíblico, religioso, poema e poesia, disciplinas escolares, profissões e uma infinidade de áreas.



Para se publicar um livro, o autor deve procurar uma editora a fim de apresentar seu material, que deverá estar devidamente registrado em cartório, para garantir os direitos autorais.


A editora se encarrega de fazer a correção do texto, de acordo com as normas cultas da língua, além de sugerir algumas melhoras ao mesmo. Após a edição do texto, a editora cuida do título da obra, que deve servir como atrativo ao público, passando então para o preparo da capa, através da ilustração, impressão da quantidade de volumes e montagem dos exemplares (clique na imagem abaixo para visualizar a cadeia de produção do livro).


A editora também é responsável pela divulgação do material, pois é de seu interesse vender o produto.

Diante de tudo isso, percebemos a enorme importância de projetos que incentivem a prática da leitura em nossa sociedade. E é para isso que o Clube da Leitura existe, para intermediar, de certa forma, a relação entre livro e leitor, fazendo do livro, registro de nossas memórias, bem mais que um simples produto, mas sim uma fonte inesgotável de saber e um fiel companheiro para todas as horas...



Fontes:

http://educacao.uol.com.br/datas-comemorativas/dia-nacional-do-livro.jhtm

http://www.brasilescola.com/datacomemorativas/dia-nacional-livro.htm

Adaptado por:

Edvander Pires - Bolsista do Projeto de Extensão Clube da Leitura.

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